quinta-feira, 8 de julho de 2010

A notícia que importa

O caso do goleiro Bruno é o assunto do momento na mídia. Nos jornais impressos, tv, rádio, internet nada tem mais destaque. Nem mesmo a final da Copa.
Há sempre uma curiosidade mórbida em saber os detalhes macabros do crime. Há também aquele ímpeto irracional por vingança. Mas também há aqueles que não perdem uma chance para aparecer na frente dos holofotes. A natureza humana é cheia de nuances.
Eu acho que a imprensa explora em demasia o caso. Talvez de olho na repercussão, na audiência que a notícia traz.
Sempre um assunto é tomado à exaustão, principalmente nas televisões, até se tornar enfadonho de tanto que é veiculado. Às vezes não há qualquer fato novo, mas lá estão os repórteres na frente das casas, dos hospitais, das delegacias de polícia, para dizer um texto sem nenhuma novidade. Mas é preciso manter a atenção da platéia!
Hoje, todos consumimos as mesmas notícias. Procure um veículo de comunicação que apresente um outro olhar para a realidade. Não vai encontrar com facilidade. É a globalização dos acontecimentos, do que é importante na visão dos editores e redatores.
Se não fosse o caso do goleiro Bruno, estaríamos todos sufocados pelas notícias da Copa, do polvo profeta, do dia-a-dia dos jogadores de Espanha e Holanda.
Falta alternativa.
Há muito o que se divulgar. Não só mazelas, crimes, destruições ou mortes. É preciso equilíbrio. Não se deve esconder a realidade dura dos acontecimentos cotidianos, nem tampouco menosprezar a existência de outras realidades, mais amenas, mais inteligentes, mais divertidas, mais instigantes.

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